terça-feira, 23 de dezembro de 2008

"No próximo ano quero conhecer lugares que nunca fui e aprender coisas que até hoje só ameaçei..."

Retrospectiva

O ano de 2008, para muitos passou rápido, talvez por esse ano, no horóscopo chinês ter sido representando pelo rato, mas enfim, crendices à parte, esse ano, para mim foi cheio de realizações, desafios, decepções, surpresas, sobretudo cheio de erros e acertos. Não foi um ano qualquer. Veio recheado de desafios e foi nesse, em 2008 que descobri, muita coisa nova, fiz novas experiências, reiterei velhas, perdi alguns hábitos, ganhei novos. Porém, ao final de mais esse ano, não tenho o mesmo sentimento de que tive nos anteriores, as experiências desse parecem ter me moldado de forma inédita a ponto de me tornarem talvez uma própria desconhecida de mim mesma. Troquei de emprego, aprendi a voar no sentido prático, fui garota propaganda, fui entrevistada, fui iludida, fiquei gripada, fui assaltada... mas sobretudo fiz novas amizades, firmei as antigas, tive o privilégio de conhecer pessoas que muito me ajudaram, que me desafiaram, que me decepcionaram, apaixonantes. Mas sobretudo, essa carga de experiência, esse ano firmou em mim uma crença, uma verdade e uma constatação. Crença de que o mundo realmente abre caminhos para quem sabe onde está indo. Somos seres humanos dotados de uma capacidade de superação imensa, uma verdade. O destino é realmente surpreendente, uma constatação. Por fim, o sentimento que me perpassa ao fim de mais um ano, é de gratidão, pelos erros que me acordaram para novas verdades e pelos acertos que me cercaram de autoconfiança. Termino aqui com a sábia reflexão de Carlos Drummond de Andrade:"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente"
"As contradições, sim, é que movimentam a vida e tornam as pessoas mais interessantes..."

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

"Não sei se o mundo é bom..mas ele ficou melhor quando você chegou e perguntou: - Tem lugar pra mim?...." Nando Reis

domingo, 14 de dezembro de 2008

"Tem horas que é melhor deixar tudo como está... o tempo se encarrega de apagar... a noite logo vai passar..."
"Muitos dos temores tem origem no cansaço e na solidão..."
"E assim... aplacados meus instintos, deixei que indistintos vultos me conduzissem ao recesso no qual, solitário, pulsa o coração..."

Tolerância Zero

Sabe aqueles dias em que a gente tá sem paciência pra andar na rua? e que o tempo para a sinaleira verde fechar, (digo, no caso de uma pedestre por circusntância como eu) parecer uma eternidade, sem contar nas vezes que abre bem na hora que tu põe o pé na rua pra atravessar....será esse um sintoma de que estou ficando velha?, talvez...nesse caso então devo estar beirando os cem. Ônibus urbano, fila de supermercado, fila de banco, filas, filas e mais filas....e o tempo, ha... o tempo e a nossa sempre corrida incessante contra o tempo, esse vilão..... será esse o preço que pagaremos pela irreversível globalização ou por o capitalismo ter se tornado um sistema vigente contraditório? seja lá o que for percebo uma epidemia de tolerância zero, em mim, e no mundo. Uma epidemia de cansaço, coletivo. Amanhã temo não conseguir chegar o trabalho. Infelizmente ao fim não terei uma resposta para essa indagação, o que fazer? não sei, só sei que o que eu queria mesmo era poder ler Balzac sossegada.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

"A surpresa, pode conter uma grande dose de felicidade....."

Qual o preço da maturidade?

Amadurecer é algo que sentimos na pele, e é um processo que percorre toda a nossa existência de forma gradativa, sistematica, e até agressiva. O preço pela evolução intelectual e sobretudo pessoal (a mais complicada) é alto. Acredito que a maturidade intelectual tem muito a ver contigo frente a ti mesmo, frente à tua motivação e a tua vontade, isto é, é plenamente possível, é só querer. Agora a maturidade pessoal é permeada, sempre por relacionamentos sociais, de todas as possíveis formas e às vezes caímos no pecado de pautar nossa vida por outrem, e quando nossa base se dilui, ficamos sem chão. Porém embora aos inúmeros tropeços, a experiência e a dedicação em apliar capacidades nos deixam mais fortes perante a vida, perante os desafios. E como Eisten mesmo disse: "A mente que se abre a uma nova idéia, jamais voltará ao seu tamanho original.." evoluir sempre: .... eis o segredo!" C.L.T

sábado, 25 de outubro de 2008

"Digo, se "constroi" porque acho que, toda vez é uma nova construção, como se durante a noite tudo tivesse se reduzido a cinzas e fosse preciso recomeçar do zero. Assim se vive a vida de homem, no nosso universo: é preciso reconstruir sem parar a própria identidade de adulto, essa montagem capenga e efêmera, tão frágil, que reveste o desespero e que, quando se está sozinho olhando para o espelho, conta a mentira em que se deve acreditar." Encontrei esse trecho no livro A Elegância do Ouriço da francesa Muriel Barbery, trecho de extrema relevância para o mundo e o projeto de sociedade que vivemos hoje, sim, pois as pessoas cada vez mais se utilizam de máscaras e rótulos para conviver em sociedade e alcançar seus objetivos, quer sejam pessoais ou profissionais.
"Nunca mais abro a janela do meu quarto...num dia cinza...sei que o sol fica dormindo atrás dos nuvens..não ilumina...nem penso muito no que pode acontecer..enquanto arrumo, todas as coisas que eu sinto...o meu passado e o meu destino...." Acústicos e Valvulados

terça-feira, 14 de outubro de 2008

“Custa tanto ser uma pessoa plena, que muito poucos são aqueles que têm a coragem de pagar o preço... É preciso abandonar por completo a busca da segurança ..e correr o risco de viver com os dois braços. É preciso abraçar o mundo como um amante. ..é preciso aceitar a dor como condição da existência.. é preciso cortejar a dúvida e a escuridão como preço do conhecimento. É preciso ter uma vontade obstinada no conflito, mas também uma capacidade de aceitação total de cada consequência do viver e do morrer.." Morris West
Voar nada mais é que uma terapia, ou melhor voar equivale a anos de terapia. Voar representa um encontro entre você a e pessoa do outro lado do espelho, é você frente a tua capacidade, a tua persistência e sobretudo frente a tua fraqueza. Devido ao desafio enfrentado pude perceber e medir minha capacidade e força de vontade obstinada, assim, valentemente cheguei ao dia do meu voo solo, com uma tranquilidade que jamais imaginei ter para tirar um avião do chão e claro, colocá-lo de volta, são e salvo, sem avarias, e com flape inteiro, para alegria da torcida. Quase ninguém viu, a cidade não parou meu coração não disparou e não suei frio, tudo ocorreu com uma tranquilidade que só a experiência e a confiança podem garantir e como disse alguém, a experiência é um farol voltado para dentro, ninguém pode fazer por ti, as outras pessoas simplesmente podem ajudar e possibilitar, mas é uma ação pessoal, da pessoa frente a ela mesma. Hoje, nenhuma grande comemoração, a não ser o tradicional banho de óleo, mas por dentro, estou em festa

Sexo Frágil

Há séculos que as protagonistas do termo sexo frágil somos nós mulheres. Há anos somos vistas como sensíveis, românticas, idealistas, e fracas muitas vezes tanto física como emocionalmente. Os homens - o sexo forte - esses sempre desempenharam aquele papel de patriarcas, de durões e claro aqueles que nunca nem sequer souberam o quão salgada uma lágrima pode ser. Mas eu me pergunto até que ponto esses paradigmas podem ser utilizados e são efetivos hoje em dia,sim pois se formos falar em termos de profissão hoje em dia as mulheres sustentam a casa, pilotam avião, e tem mulher que até já foi pro espaço. Existem homens que cozinham, lavam, passam, enfim, será que os papéis se inverteram? não, pois não há nada que um homem faça que uma mulher não possa fazer e vice e versa. Mas vamos falar em questões afetivas, o que mais me chama atenção é que na verdade os homens parecem estar sendo vítimas de uma epidemia, muito bem caracterizada por Martha Medeiros como vulgaridade afetiva (muitos parceiros (a), pouco afeto). Os homens o sexo forte, não sabem lidar com sentimentos e com sua carência, carência essa presente em todo ser humano. Assim partem à uma busca incansável, sem precedentes por prazer e tentam preencher a todo o custo a lacuna da sua carência, a lacuna da sua sexualidade. Não entraremos no mérito de opção sexual, embora muitas das opções sexuais alternativas, refletem o tema abordado aqui. O que mais me espanta não é a opção e sim a maneira como a ocultam e continuam vivendo falsamente, na sociedade. A postura das mulheres hoje em dia me soa muito mais consciente e madura, isso é, as mulheres tem se posicionado (salvo excessões), de forma mais independente, mais concisa, mais responsável, a mulher do século XXI deixou de ser a simples Amélia de tempos atrás, e agora tem muitos outros nomes, é multi-facetada. Hoje em dia, as mulheres preferem a cabeça ao invés de um traseiro, os homens perdem a cabeça por um.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

"O destino nem sempre é fiel às nossas potencialidades.."

domingo, 21 de setembro de 2008

"As pessoas as vezes agem sem pensar e não sabem o tamanho do estrago que podem causar..."

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Reiterando o que todo mundo já sabe....
“O tempo, esse vilão, passa rápido, quando deveria rastejar, pára, quando deveria voar..”





Não lembro quem escreveu, mas acredito ser nosso maior desafio:
“Existir é fácil, difícil é viver..”

A Decepção


“Palavrinha simples, mas que na pele, causa um estrago danado, não sei se é a palavra certa, mas nesse caso assumo como: decepção = constatação da verdade = constatação do que já era de se esperar. As vezes a gente custa a entender e dá uma de São Tomé, só acredita vendo, e quando vê, constata: o que os olhos vêem o coração sente, a auto estima sente, e dai vem o VAZIO (aquele que no fundo a gente até já conhece, mas finge que esqueceu), e ele é grande, pesado, de tão profundo chega a ser maior, quase engole a alma. Na minha última, quando vi, embrulhei o estômago, quase cai, mas não, sou forte, segurei. Chorei, por dias, morri um pouco por dentro, (um dia desfaleço), e a auto estima, não sei onde ficou, acho que foi pro ralo, quando vomitei.”
C. L.T
“Hoje o dia estava frio, mas lindo, o céu, transparecendo toda a sua plenitude, que senti o ímpeto de me atirar ao infinito, mas ,infelizmente, a gravidade não permite....”




“Que eu não esqueça das minhas mágoas, para que assim, eu evite errar novamente...”






“O que dói mesmo, no fundo, não é a constatação, a decepção, mas a falta de despedida, a perspectiva do nunca mais, a perspectiva do fim, duro, abrupto, congelante.”

Perdi o medo da morte.....

“A tempos já vinha percebendo, que as vezes o que parecia ser verdade pra mim, diante de um fato qualquer (que geralmente devido à sua intensidade não é tão banal assim), passa a ser reeditado, e confirma a tese: não existem verdades absolutas, e nem sentimentos absolutos, nem nada, (claro, só a morte, mas a morte não permite nada, por si só, se complementa), mas a vida, como a vida é contraditória, pro bem e pro mau, mau talvez seja uma palavra forte, mas devido à maneira como certas coisas se apresentam, causam um estrago danado. Mas, pois bem, voltando ao objetivo inicial, antigamente eu achava que a vida era breve demais, que o tempo era curto demais, e vivia apavorada, com medo da morte, pensando que se ela me arrebatasse “logo”, seria um enorme desperdício de vida, afinal eu to recém no começo. Mas como tudo nessa vida é passageiro, tudo muda, eu percebo agora que a vida é longa, longa demais e o tempo, não é curto, é enorme. - Perdi o medo da morte -.A vida é tão longa que nos permite errar tantas vezes e quebrar a cabeça mais outras e mesmo assim, a gente sofre e depois erra de novo, e mais uma vez e mais uma. Por isso, mesmo eu estando apenas no começo, me sinto no fim, ou melhor, às vezes queria estar no fim,[não é apologia ao suicídio] é porque as vezes sinto que já errei o suficiente, que não vou suportar as outras decepções e avalanches que virão, e o que mais incomoda é que no fim, a tomada de consciência é sempre a mesma, porque a intuição nunca engana, a gente no fundo sempre sabe julgar e discernir, grosso modo “onde dá, e onde não dá”, onde vale a pena e onde não vale, e no final não tem onde colocar a culpa, porque a culpa é da gente mesmo, porque nós somos responsáveis por nossas atitudes, enfim, responsáveis por nossa vida, por nossas escolhas quer sejam certas quer sejam erradas.” C.L.T

domingo, 14 de setembro de 2008

E é sempre no domingo......por isso que eu tenho problemas com DOMINGO....

A Abrupta Despedida

Despedida quase nunca é bom, mas as vezes ela pode ser pior, quando não é cultivada, quando não é premeditada afinal, a vida é uma eterna despedida, despedida dos amigos de infância, do colégio, da faculdade, do ano, enfim, como diz a música de toquinho: "Hoje estamos nós em cena, e não há tempo a perder, pois tudo acaba mesmo sempre em despedida". Mas existe aquela que mais dói, acho que é uma dor ao quadrado, que é a despedida abrupta, a não esperada, aquela que a gente até sabe que ia chegar, mas não esperava que fosse assim tão cedo, e ela pode ser simplesmente por uma mera decepção, pode vir através de uma visão, de uma constatação, e a perspectiva do nunca mais deixa um vazio tão grande, quase maior que a gente, um vazio, uma lacuna que parece que nos engole, como um buraco. O nunca é uma palavra muito difícil de se assimilar, o nunca é pesado, é exigente, machuca. O nunca faz parte das várias contradições da vida, porque não permite transformação, não permite bis, não permite erro, só contém fato, realidade.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

O Casulo Vazio

Sentei-me no despenhadeiro e ali fiquei, deixando vagar a imaginação. A manhã era tão fria que a própria natureza recolhera sua costumeira alegria. Nenhum pássaro ou vento, nenhum ramo se punha em movimento. E assim, aplacados meus instintos, deixei que indistintos vultos emergidos da bruma tomassem minha mão e me conduzissem ao recesso no qual, solitário, pulsa o coração. Inclinei-me sobre ele, apurei os ouvidos e, dentre o espesso rumor que a vida faz ecoar nas veias, chegaram-me alguns aulidos, distantes, quase irreais. Mas ainda assim, por tê-lo a tanto tempo aprisionado em mim pude entender o que dizia. "Aonde vais?" - perguntou, num tom angustiado de quem mais quer indagar do que saber. "Vou para a morte" - respondi, com ironia. Calou-se, por um instante, e eu, assustado, pensei que de fato morria. "Mas é para a vida que nasceste"- disse ele, pulsando mais forte. "Não permitas que a tristeza, o desânimo, a descrença te desviem do caminho. Vive com alegria, assume teu destino como um guerreiro soberano. Que a beleza seja teu guia e a esperança a tua luz, que acendi quando eras uma criança. Não ouças o que diz a gente que amaldiçoa a vida. Sua alma é mesquinha e dela só nos chegam medos. Abandona esses frutos azedos e busca a essência do teu ser. A vida não passa de ilusão, sim, mas foi essa a missão que te deu o universo. Quanto a morte, não te preocupes em buscá-la, pois anda sempre contigo, desde que te viu nascer. Ela te arrebatará um dia, mas o que fizeres pela vida há de permanecer". Levantei-me então e segui meu caminho, abençoando esse vulto esguio que me serve de companhia. E quando ele ri, com descarnadas gengivas, eu sei que exerce o seu papel, a fim de me tornar ainda mais desperto e espanar de mim os meus pesares. Pois se eu estou no centro da ampulheta e a vida é ilusão, antes que o chão se abra sob mim quero brilhar intensamente e consumir o último vestígio do meu Ser. Já que a morte me tem suspenso sobre o abismo ,por um fio, que leve de mim apenas o casulo vazio.
Eduardo Alves da Costa

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Livre arbítrio gêmeo

"Quantas vezes ouvimos os populares didados: Homens!? quem os entende! e vice e versa. Mas, deixando as diferenças de gênero de lado quando se "esboça" um relacionamento com algúem, pelo menos no início, podemos ser vítmas de tremendos mal-entendidos que muitas vezes podem colocar tudo a perder. Lembro aqui de algo que disse Martha Medeiros: "relacionar-se é sempre uma sequência de erros e acertos e salve-se quem puder". Afinal nem sempre as coisas saem conforme o planejado ou melhor, conforme o imaginado. Apaixonar-se é nada mais do que encontrar alguém que cause em nós "um sei lá o que" de sensação que só Freud pra explicar, mas sobretudo é algo que construímos dentro de nós mesmos e que não deixa de ser um mundo independente que gira ao redor de outra pessoa, porém, o grande impecílio, acredito eu, de uma paixão dual dar certo é o tal do "livre arbítrio" esse palavrão sim, é que pode dar muita dor de cabeça, simplesmente porque quando é pra gente exercé-lo tudo bem, afinal somos livres para escolher o que quisermos, mas e quando o outrem resolve exercé-lo de uma forma que não nos favoreça??? Por isso acho que cabe aqui falar em livres-arbítrios gêmeos, pois se esse não estiver ao seu favor, esquece. Claro dá vontade de pegar, amarrar a people, roubar o coração dela, mas não adianta. Por isso, se o livre arbítrio de alguém não lhe favoreceu, junte-se ao grupo, afinal se você ama alguém pelo menos deseje que ele seja feliz, nem que pra isso você tenha que abster-se (em parte) da sua própria felicidade."
C. L. T

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

"Amizade é um amor que nuca morre"

Talvez nunca antes na vida, eu tenha sentido tão profundamente o poder das amizades, em suas variadas matizes. Hoje em dia, se pensa muito em relações interpessoais como uma busca de prazer momentâneo, e como diz o grande sábio Exupery: "Os homens não tem mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas, como não existem lojas de amigos, os homens não tem mais amigos..." o que seria se não as relações do hoje: diálogo entre surdos? sim em sua maioria, mas sobretudo ainda se pode encontrar um oásis em meio à aridez do individualismo e é nesse pequeno detalhe que repousa uma das maiores dádivas que se pode ter: a amizade. Os amigos são um porto seguro onde se pode ancorar diante de uma tempestade, e afinal onde se pode confiar.
C.L.T
"Nessa minha nova “versão”, senti um ímpeto sentimento de escrever sobre mim mesma. Na verdade não costumo fazer isso, mas como sou uma boa apreciadora das palavras geralmente em substituição ao “quem eu sou”, costumava postar frases, trechos, músicas com que me identifico, mas, pois bem, voltando ao objetivo inicial, nessa fase da vida me percebo perdida num emaranhado de possibilidades e desejos que tem me deixado muito confusa, mas mesmo assim, às escuras, não deixo de lutar e batalhar por algo que não sei bem o que é, mas mesmo assim assumo como propósito. Como todo mundo, já levei os populares “tombaços” e foram vários, pode acreditar, mas até agora consegui levantar e saí praticamente ilesa, externamente pelo menos. Amo meus amigos e amigas e cada vez mais nesse deserto do individualismo percebo como a amizade surge como um oásis em meio a aridez do deserto e cada vez mais acredito na amizade, pura e simplesmente muito mais do que em outros tipos de relacionamento. Costumo ser do tipo meio chata, acho, porque fico perguntando pras pessoas se elas são felizes, se já encontraram seu papel no mundo, mas é como forma de achar um consolo pra minha própria lacuna. Amo ler e se pudesse só faria isso, fico perambulando pelos sebos e livrarias tentando achar os livros mais inusitados e os que eu quero geralmente são os mais difíceis de achar. Choro às vezes, até assistindo telejornal mas, tudo bem, lágrima é uma coisa que seca rápido e chorar como se diz, lava a alma. Bom teria muito mais o que escrever aqui afinal nós seres humanos somos extremamanete complexos, mas pra finalizar gostaria de deixar uma frase do Chico Chavier (resumida), e meio que adaptada a uma filosofia de vida minha: "A gente pode até ter uma vida mais ou menos, mas ser uma pessoas mais ou menos, isso: JAMAIS!"
C.L.T

segunda-feira, 28 de julho de 2008


"Quem avança confiante na direção dos seus sonhos e se empenha em viver a vida que imaginou para si, encontra um sucesso inesperado em seu dia-a-dia..."
Herry Thoreau

Qual sua "fome" indefinida?????

Lendo uma das obras mais profundas com que me deparei até hoje, encontro essa expressão de Antoine de Saint Exupery, no Livro: Terra dos Homens:
"Amei uma vida que não compreendi bem, uma vida não totalmente fiel. Não sei mesmo muito bem o que necessitava, era como uma fome indefinida..."
Pois bem, como dar nome àquela dorzinha que as vezes sentimos, aquele aperto no peito diante de determinado fato ou pessoa o qual nos deparamos no decorrer de nossa existência? essa "fome" pode ser caracterizada também como nosso papel, nossa missão, afinal, não podemos desperdiçar a oportunidade única de estar vivendo, esse sentimento que às vezes sentimos e que nos parece indefinido, é nosso propósito, nossa razão de ser.
Porém o desafio em dar nome a ela às vezes nos toma o tempo de uma existência. Vagamos por entre as inúmeras possibilidades que a vida nos apresenta tentando encontrá-la.
O segredo pode estar no próprio agora, afinal nele repousa a esperança do amanhã, é preciso encontrar no dia-a-dia nossa razão de ser, são nas pequenas ações do dia-a-dia que se constrói o caráter de uma vida inteira.
C.L.T

segunda-feira, 21 de julho de 2008

" Se para nos libertarmos basta que nos ajudemos a tomar consciência de um fim que nos liga uns aos outros, procuremos um fim que nos ligue a todos. O cirurgião que faz sua visita não houve as lamentações daquele a quem ausculta: através dele, é ao homem que procura tratar. O cirurgião fala uma linguagem universal. Como o físico meditando suas equações quase divinas em que envolve ao mesmo tempo o átoma e a nebulosa. E assim um simples pastor. Aquele que vigia modestamente algumas ovelhas sob as estrelas, se tem consciência de seu papel, descobre que não é apenas um servidor. É uma sentinela. E cada sentinela é responsável por todo o império." (Antoine de Saint Exupery)