quinta-feira, 26 de março de 2009

Como diria Shakespeare: depois de algum tempo você aprende...

Chega um tempo em que é preciso abandonar o velho all star branco desde os tempos da oitava série, guardá-lo, pra quem sabe doar na campanha do agasalho do ano que vem. Chega um tempo em que não dá mais pra sair de casa sem maquiagem, sem ser condenado a ficar com aquela cara de peixe morto, afinal os nossos olhos não brilham mais como antigamente e precisam sim daquele rimel alongador natura pra quem sabe levantar o olhar cansado já, das responsabilidades da fase adulta. Nossa responsabilidade conosco não se limita agora, a apenas fazer o tema da escola e brincar. Agora temos que trabalhar, e fazer malabarismos com dinheiro, tempo, prioridades, família, amigos e afins. Agora sentimos na pele algumas coisas que antes, na infância parecia mito. Como o sono por exemplo, afinal nas longas tardes de domingo enquanto a gente queria ir jogar bola, nossos pais queriam era descansar. A gente também não precisava ser simpático com pessoas indesejáveis, era só se esconder atrás da porta ou embaixo da cama e pronto. Mas agora temos o peso de nossas escolhas, o peso de ser responsável por cada passo em falso, por cada tombo e por cada conquista. E cada vez mais queremos a leveza da independência e o peso da liberdade.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Profunda Limitação

Nossa limitação como seres humanos no sentido do entendimento de algumas coisas inerentes a nossa existência, às vezes me assusta, outras, me conforta. Afinal, pra que se preocupar pra onde a gente vai depois de morrer, se não temos capacidade de compreender a amplitude de nosso destino natural, sim porque, se você começar a pensar nisso, não chegará a lugar nenhum, pois em um determinado ponto, você será tomado por um sentimento de vazio tão profundo, maior que você, logo, voltará ao ponto inicial. Assim nos vemos diante de inúmeras opções de apegos terrestres que buscam nada mais do que servir de consolo e suprir esse vazio desconhecido que nos toma de surpresa às vezes. Porém, estamos todos no mesmo barco, nesse momento presente, que não conheçe passado, nem futuro. Se soubéssemos todas as respostas, seria melhor?! talvez. Na verdade essa nossa dúvida sobre se vamos ter juizo final, se vamos voltar ou não, é que garante que andemos pelo caminho reto, ou não. Mas sobretudo é essa dúvida cruel, que faz com que a gente "viva la vida" e busque a palavrinha mágica denominada "felicidade", afinal, garantir o aqui e agora é nossa única certeza.

quarta-feira, 11 de março de 2009

A Alegria na Tristeza

Tomei o título dessa postagem emprestado da sábia escritora Martha Medeiros, pois ele, define bem meu objetivo. Numa das cenas do Filme: -Ensaio sobre a Cegueira-,um dos personagens diz certa hora: - Alegria e tristeza, não podem ser comparadas à água e óleo, pois coexistem. De fato, convenhamos que temos certa dificuldade em alcançar a plena felicidade. Quando parece que tá tudo bem a gente pensa: - Éeeee, bom demais pra ser verdade, ou sei lá, vem aquela pontada de preocupação, ou algo do gênero: - Com licença, Providência Divida, mas mas, é comigo mesmo?!. Porque temos dificuldade em ser feliz? talvez devido a sociedade individualista, ou talvez pela nossa fraqueza como seres humanos que nos impossibilita da total perfeição. Os sentimentos são os principais vilões da história, pois estão em constante mudança de rumo, de atitude. O pior nessa história é lidar com nossas indagações, dúvidas, anceios, arrependimentos, pois nesse caso, não há jurisprudência, não há fórmula. Bom seria se pudessemos ser o outro de vez em quando, pra aprender alguma coisinha, pra roubar algum pensamento, alguma atitude, alguma experiência, o bom humor. Mas não, não dá. Precisamos determinar, nós mesmos, como lidar com a nossa própria complexidade e fraqueza, com a alegria e a tristeza. Com a alegria na tristeza. Vence àquela que decidirmos alimentar.

terça-feira, 3 de março de 2009

Gosto de ti, pelo teu jeito sincero. Pelo teu entusiasmo do bom dia. Pelo teu ótimo humor, que supera e confunde o meu, péssimo. Pelo teu jeito de me ouvir, analisar, indagar, questionar, "judiar". Por tu ser acessível, e enfrentar a gilete e tesoura por minha causa. Pelos abraços de urso, que quase quebram minhas costelas. Gosto do modo on, do modo off. Dos sorrisos sempre diplomáticos, dos argumentos - que quase nunca me convencem-. Pelo cuidado, pela criatividade, pela lembrança. Pelas rosas, vermelhas e comunistas, pelo livro, pela cam, pelo UNESUL. Gosto das tuas mãos, grandes, afáveis e seguras, das tuas fotos, que tu nunca me manda. Gosto de ti, por ser meu entusiasta, meu amigo, meu cúmplice, meu namorado.