segunda-feira, 9 de abril de 2012

Seria mais fácil saber que tu morreu. Seria mais fácil curar uma ferida diante de um sentimento dividido pela eternidade. Mas não, tu ainda vive, somewhere. Teu coração ainda bate, não mais por mim, mas bate. O sangue ainda corre pelas tuas veias e a tua boca maravilhosa ainda sorri, e eu não posso mais beijar a parte do teu corpo que eu mais amei, e, bom, acho que ainda amo. Eu tentei, eu juro que tentei controlar essa força incontrolável que pulsa dentro de mim em direção a ti.. mas ela foi mais forte que eu, tão forte que fez com que eu destruísse até o amor e o respeito que tu sentia por mim. Perdi minha credibilidade, por insegurança, de graça. Eu sou teimosa, eu nadei contra a corrente, nadei contra as possibilidades, contra as opiniões, eu larguei tudo e todos. Eu passei por cima de mim, do meu instinto, da minha intuição, da vontade de todo o universo pra ficar contigo, pra saciar meu vício. Mas o destino foi mais forte que eu, eu corri atrás de um fantasma que não posso mais alcançar, eu cheguei sempre atrasada. Eu cheguei no limite da insanidade, no limite da loucura, eu perdi a educação, o bom senso, para acorrentar algo que nunca foi meu, algo que eu nunca fui merecedora de possuir, teu amor. Eu me pergunto porque essas coisas acontecem, a vida já é tão contraditória, e além disso ela quer nos testar o quão forte a gente pode ser diante da tentação do paraíso, transformando repentinamente tudo no mesmo inferno. A gente só tem direito de experimentar alguns lapsos de paraíso na vida, depois tudo se transforma em inferno. Obrigada por me mostrar quão bom o paraíso e a felicidade podem ser. Te odeio por me tirar o direito de ser feliz e por ser tão egoísta a ponto de destruir minha capacidade de acreditar na felicidade.

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